quarta-feira, 17 de junho de 2009

PRODUÇÃO TEXTUAL- aluno Michael Marques- CiSo-URCA

Ao pensar no processo de produção cultural trago-lhes para meus caros colegas uma pequena e relevante discussão em torno das práticas culturais exercidas nos espaços de manifestações na nossa querida região do Cariri, estado do Ceara e Brasil, dentro de uma perspectiva marxista, querendo discutir uma possível (utopia?) remodelação dessas práticas e modelos de Cultura apresentados. Partindo da premissa Dialética (tese, antítese e síntese), onde podemos discutir a origem, as manifestações e a modificação ao longo dos anos dos movimentos culturais apresentados nas festas populares. Levando em consideração a comunicação que possa ser exercida entre os membros de uma mesma sociedade, ou seja, indivíduos que compõe um mesmo grupo social, e que possamos enxergar as contradições da lógica do mercado da cultura. Então venho a propor (discutindo), nós pensarmos um novo modelo de produção de cultura, onde possamos aglutinar pessoas envolvidas na cultura de seu povo, de sua gente. Buscando uma emancipação humana através de fomentação das manifestações culturais, em detrimento a todo o processo da Indústria Cultural, onde esse mercado industrial manifesta-se na forma mais cruel de padronização das práticas culturais, visto as músicas, filmes, danças, livros, mídia radiofônica, televisiva, comunicações instantâneas (internet). Partindo da premissa da Cultura de Massa, onde o processo gira em torno da Adesão, e não da discussão da informação passada, sinto a necessidade de prover uma nova visão, de levar de fato a toda sociedade um grito de "chega", basta de vulgarização da figura feminina, onde temos as "mulheres frutas", onde busco certo trecho de uma musica que diz: "tem a feminilidade e a sensualidade de uma vaca/produzidas com roupinhas da estação que viram no anúncio da televisão". O fato é que somos atraídos pelos porta-vozes das manifestações artísticas e culturais em nosso país, a mídia (porta-voz) populariza as informações. Até então nada demais em as informações serem repassadas de uma forma mais justa, mais ampla, mas camaradas, a popularização está ligada a um processo de conscientização, de transformações dos indivíduos em sujeitos consumidores dos produtos emanados pela indústria cultural. Paramos um pouco, e pensamos o que estamos assistindo, escutando, ouvindo, quais as reflexões conscientes estão tendo dessas nossas atividades cotidianas? Não! Não quero aqui mudar o jeito e a forma de pensar de vocês camaradas, mas sim propor uma discussão, ou rediscussão (se assim vocês querem) da cultura, não uma cultura de adesão, e sim manifestações culturais engajadas, coerentes, dinâmicas, e por que não transformadoras. Podemos sim mudar a contextualização, os espaços e a formas das produções culturais, uni-vos nessa luta, que é de todos.

Estudante de Ciências Sociais URCA

Integrante do Coletivo Camaradas

Michael Medeiros Marques

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